At 29 de abril de 2007 às 23:31, linfoma_a-escrota
PORTO SEGURO
Segura-me o coração
mais uma vez, como se fosses um milagre
afasta terrorista escuridão,
finge que não se faz tarde,
que o veludo não esconde um sabre
e que não passo dum peão
a jogar aos amantes,
entre hábitos de ilusão onde
perdemos toda e completa noção
da importância dos momentos.
Se te sentires com sorte vem matar-me novamente,
sem pressas possessivas, tanto silêncio é que não.
Deixa-me descansar
no delicado refúgio onde nos ensinámos
a desperdiçar
cada mentira esquecida na pressa,
ignorei o futuro que sofremos.
Não sei se estás sozinha a
disparar contra a culpa, na tua razão,
não mereço a mera pergunta, envergonho-me
com tua presença, vivo deuses
de memórias agitadas
que não se cansam de esfolar os joelhos
e implorar pela cura,
por fim adornado com algo mais,
por gesto que te dê a conhecer
novo dia, com outro nome,
como se fosse a primeira vez. in FOTOSINTESE 2003
At 16 de maio de 2007 às 17:53, Mário Margaride
Olá Ângela,
Fiquei encantado com este lindo espaço, que ainda não conhecia.
Belo este teu poema!
Triste esta dor que te consome...
Mas tenho a certeza, que o guardião do teu coração, chegará, e te arrancará, essa dor que te consome...
Quero agradecer-te o carinho, e a ternura...com que comentas aos meus poemas.
Um beijinho enorme no teu coração...
Convido-te a visitares o meu blog Canto poético http://avano2006.blogspot.com Tenho a certeza que vais gostar
Mário Margaride (Gilberto)
At 17 de maio de 2007 às 08:15, Conceição Bernardino
Olá,
Desculpe a minha ausência, mas o que importa é, que estou de volta.
Continuarei a comentar, é esta a minha maneira de ser:
Oferendo poemas de alguém, receba com carinho!
Vaidade
Sonho que sou a Poetisa eleita,
Aquela que diz tudo e tudo sabe,
Que tem a inspiração pura e perfeita,
Que reúne num verso a imensidade!
Sonho que um verso meu tem claridade
Para encher o mundo! E que deleita
Mesmo aqueles que morrem de saudade!
Mesmo os de alma profunda e insatisfeita!
Sonho que sou Alguém cá neste mundo...
Aquela de saber vasto e profundo,
Aos pés de quem a Terra anda curvada!
E quando mais no céu eu vou sonhando,
E quando mais no alto ando voando,
Acordo do meu sonho... E não sou nada!...
Florbela Espanca
Beijinhos e uma boa semana...